quarta-feira, 25 de abril de 2012

Quinta-feira violenta

Quando Quentin Tarantino surgiu com “Cães de Aluguel” em 1992, o cinema viu a oportunidade de se criar filmes policiais de um modo menos convencional. Três anos mais tarde, o diretor apareceu com “Pulp Fiction – Tempo de Violência” e Hollywood teve a prova de que esse novo subgênero era uma mina de ouro. 

No final da década de 90, o ‘estilo Tarantino’ se tornou uma ‘marca registrada’ e, no rastro de “Pulp Fiction”, surgiram várias produções que levaram o seu ‘selo’. É o caso de “Quinta-feira violenta” que traz uma trama curiosa sobre um ex-traficante de drogas que acaba envolvido numa confusão feita por seu antigo comparsa. 

Quase todos os elementos ‘tarantinescos’ estão no longa, mas são trabalhados de uma maneira mais light pelo diretor estreante Skip Woods. Submundo, drogas, corrupção policial, reviravoltas, humor negro, situações inusitadas, sanguinolência e roteiro organizado em capítulos estão presentes na película. 

Sua estrutura narrativa, apesar de não ter tantos diálogos impagáveis, nos remete a “Pulp Fiction”, porém é bem menos complexa e mais trivial. As atuações do elenco são seguras e convincentes, em especial para a bela Paula Porizkova que esbanja sensualidade, principalmente, numa cena em que ela protagoniza uma espécie de ‘tortura sexual’. 

“Quinta-feira violenta”, que foi destaque no Festival de Cinema de Toronto em 1998, é incomparável aos trabalhos de Tarantino, mas é bom ver que a escola do diretor que trouxe autenticidade ao gênero policial gerou bons frutos. 

Quinta-feira violenta (Thursday) 
EUA, 1998 – 85 minutos 
Suspense 
Direção: Skip Woods 
Roteiro: Skip Woods 
Elenco: Thomas Jane, Aaron Eckhart, Paulina Porizkova, James Le Gros, Paula Marshall, Michael Jeter, Glenn Plummer, Mickey Rourke. 
Cotação: * * *