“A senha: Swordfish” foi uma das melhores surpresas do ‘cinema-pipoca’ pós “Matrix” no início dos anos 2000. Embora tenha sido lançado no rastro do sucesso da revolucionária ficção dos irmãos Wachowski e ter semelhanças com o longa de Neo e companhia, o filme não decepciona e entretém com eficiência.
Stanley Jobson (Hugh Jackman), um hacker norte-americano que já foi condenado por sua atividade ilegal, tenta levar uma vida longe do computador até que um espião (John Travolta) lhe oferece US$ 10 milhões para executar um ‘roubo virtual’ em um banco. Stanley aceita o trabalho, mas com a condição de ficar com a guarda de sua filha.
Apesar do argumento convencional (último serviço de um criminoso em troca de alguma recompensa), de alguns furos e soluções obvias, o roteiro amarra bem as reviravoltas numa trama ágil que traz jogos de aparências e traições que soam como ‘parece, mas não é’. Ainda há boas sacadas que referenciam “Matrix” e “Um dia de cão”.
As grandes atrações da produção são o visual cool de fotografia esverdeada, a edição vibrante e as ótimas cenas de ação que abusam de efeitos visuais de qualidade. Falando nisso, um dos destaques é uma explosão espetacular que utiliza, com maestria, o efeito bullet time usado em “Matrix”. O resultado é uma das cenas mais impressionantes do cinema.
No fim das contas, “A senha: Swordfish” garante a diversão por seu elenco atraente e por ser um filme estiloso, tanto no ar sexy representado por Halle Berry como em algumas cenas ambiciosas, vide a antológica sequência final que envolve um helicóptero guincho.
A senha: Swordfish (Swordfish)
EUA, 2001 – 100 minutos
Ação
Direção: Dominic Sena
Roteiro: Skip Woods
Elenco: John Travolta, Hugh Jackman, Halle Berry, Don Cheadle, Vinnie Jones, Sam Shepard, Camrym Grimes, Zach.
Cotação: * * *
