segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Oscar 2017 - Serenata em Los Angeles

Quem cantou por último, cantou melhor! No apagar dos holofotes, 'sob a luz do luar' e com direito a gafe histórica à la Miss Universo, o filme "Moonlight" foi surpreendido na premiação principal. Os apresentadores 'confundiram as bolas' e anunciaram "La La Land" como vencedor, mas, na verdade, o Oscar foi para uma serenata ainda melhor.
 
Entre os melhores diretores, Damien Chazelle 'chegou' cantando de Oscar sobre os concorrentes. Assim como Emma Stone que não foi nada 'amorosa' com umas tais de "Elle", "Jackie" e "Florence". Casey Affleck também foi oscarizado!
Ele estabeleceu um limite com Denzel Washington, cantou melhor que Ryan Gosling, foi mais forte que o "Capitão Fantástico" Viggo Mortensen e ganhou a guerra da estatueta com o 'último homem', Andrew Garfield.

As categorias de coadjuvantes foram #OscarSoBlack! 'À beira mar', "animais noturnos" tentaram, "a qualquer custo",  abocanhar o prêmio, mas o grande 'leão' da noite, Mahershala Ali, foi o iluminado pela 'luz' dourada do Oscar. Já Viola Davis foi a 'estrela além' do 'luar' que mais brilhou ao 'cercar' sua justa estatueta.
 
O Oscar tem lá seus bons roteiros. Alguns são originais, como "Manchester à Beira-Mar", e outros adaptados, como "Moonlight". Entretanto, quem merecia a nomeação pela originalidade era "Zootopia", que não teve seu roteiro indicado, mas teve sua história premiada pela 'animação'.
 
E falando em histórias, o Oscar, coincidentemente para nós, antecipou quem venceria como filme estrangeiro. Antes da vitória do iraniano "O Apartamento", a academia exibiu um vídeo homenageando o clássico...  "The Apartament"! A previsibilidade também rondou outras categorias, principalmente as musicais. A trilha sonora da cerimônia foi ao som de "La La Land" e sua canção condecorou a 'cidade das estrelas' com uma estatueta.
 
"La La" ganhou pelas músicas e foi derrotado na edição e nos ruídos. O 'último homem', além de ter montado bem o seu filme, venceu a guerra ao mixar seus diversos sons. Já "A chegada" editou barulhos tão 'profundos' que ganhou o troféu e ainda menosprezou um tal de "Sully".
 
O visual de um filme pode ser o grande diferencial, seja pela maquiagem 'suicida de um esquadrão', pelo figurino 'fantástico aliado ao universo de Harry Potter' ou pelos efeitos especiais animais de "Mogli". A beleza aparente, no entanto, cantou mais para um 'la lado', que teve um design de produção melhor, assim como uma fotografia mais artística que 'silenciou' as demais.
 
Se as críticas ao Oscar eram de inovação ou renovação, a edição de 2017 provou que a Academia acertou na diversidade, mas precisa, urgentemente, repensar vários outros conceitos. A mudança é necessária para evitar que frustrações aconteçam e que injustiças sejam feitas. Por isso digo todos os anos, o Oscar não é para o mundo, é para uma terra que possui 'cercas' e 'pseudo anjos'.