Os filmes de super-heróis continuam dando o que falar e dando o que lucrar! Este subgênero, a maioria baseado em HQs, está cada vez mais popular e atraindo legiões de fãs para os cinemas. Não se pode negar que se tornou um dos segmentos cinematográficos mais lucrativos da atualidade. Todos os 9 longas contabilizados em 2017 já lucraram, juntos, mais de US$ 4 bilhões ao redor do planeta! Do pior ao melhor, veja abaixo meus comentários sobre essas produções e as informações sobre a bilheteria de cada um: (a informação de 'bilheteria mundial' é o somatório que o filme fez nos EUA, no Brasil e em outros países pelo mundo). Fonte: Box Office Mojo e Filme B.
9 - Os guardiões (Zashchitniki): é uma produção russa bizarra que reúne um grupo de super-humanos geneticamente modificados para combater ameaças sobrenaturais. A atmosfera de 'Guerra Fria' não convence, assim como as artificialidades das atuações e das ações (sugere boa ideia para as sequências, mas são mal executadas). A narrativa infantilizada e o uso excessivo de clichês do gênero fazem o filme beirar o ridículo. Se você não levar a sério, pode dar boas risadas de um urso, de uma mulher-invisível, de um ninja e de um senhor das pedras.
Orçamento: não informado
Bilheteria nos EUA: não informado
Bilheteria mundial: não informado
Bilheteria no Brasil: R$ 740 mil
8 - Power Rangers: o início é promissor e há certo cuidado dramático no desenvolvimento de situações. Todo essa qualidade aparente para falar dos famosos heróis coloridos da TV estava bom demais para ser verdade. Os dois últimos atos são sofríveis, principalmente por estar repleto de incoerências narrativas e de exageros técnicos provenientes de produções televisivas. Quem vê não acredita que foram gastos 100 milhões de dólares para fazer o longa. Praticar a linguagem de televisão no cinema vendendo o filme como produto cinematográfico é propaganda enganosa.
Orçamento: US$ 100 milhões
Bilheteria nos EUA: US$ 85 milhões
Bilheteria mundial: US$ 142 milhões
Bilheteria no Brasil: R$ 15.826 milhões
7 - LEGO Batman: foi o filme que abriu a temporada dos super-heróis. É muito legal ver as produções da Lego em animar suas peças para contar uma história (seja digitalmente ou em stop-motion). O longa segue a cartilha que diverte a criançada: visual colorido, bela mensagem familiar e muita ação. Além disso, a narrativa é bem humorada ao conter gags e ideias criativas que satirizam (e ao mesmo tempo homenageiam) o universo do Homem Morcego. No entanto, o ritmo é tão frenético que o filme se torna visualmente cansativo. O público infantil não importa tanto com isso, mas pode não agradar tanto aos adultos.
Orçamento: US$ 80 milhões
Bilheteria nos EUA: US$ 175 milhões
Bilheteria mundial: US$ 311 milhões
Bilheteria no Brasil: R$ 19.752 milhões
6 - Liga da Justiça (Justice League): é o filme que não merecíamos, mas que precisávamos! Longe de ser ruim, mas aquém de ser o ideal pelo potencial que tem, "Liga da Justiça" realizou o sonho de muitos fãs ao reunir o mais popular super grupo de heróis das HQs da DC Comics no cinema. O longa tem uma atmosfera mais leve que "Batman Vs Superman" e diversos momentos cômicos foram inseridos na narrativa. A bola fora foi o desequilíbrio constante de tom ao longo da projeção devido a troca de diretores na fase final de produção. Além disso, o vilão foi mal desenvolvido e há uma carência de emoção que faz o longa ter pouco destaque dramático entre os longas do subgênero em 2017. Pelo menos, deu 'liga' entre os protagonistas.
Orçamento: não informado oficialmente. Estima-se que seja aproximadamente US$ 300 milhões
Bilheteria nos EUA: US$ 227 milhões
Bilheteria mundial: US$ 655 milhões
Bilheteria no Brasil: R$ 134.056 milhões
5 - Homem-Aranha: De volta ao lar (Spider-Man Homecoming): após o personagem ser apresentado de forma pontual e objetiva em "Capitão América - Guerra Civil", o aracnídeo ganhou nova versão cinematográfica após um acordo histórico entre os estúdios Sony (detentora dos direitos para o cinema) e Disney/Marvel. Isso tudo foi para encaixar o icônico herói no Universo Cinematográfico Marvel (MCU). "Homem-Aranha: De volta ao lar" possui narrativa simples, atmosfera sempre alegre, humor rasteiro e acerta em cheio ao desenvolver a personalidade e comportamento do jovem Peter Parker. Há boas ideias para o desenvolvimento das sequências de ação, mas nenhuma se torna memorável, o que deixa a sensação de falta criatividade na direção de Jon Watts.
Orçamento: US$ 175 milhões
Bilheteria nos EUA: US$ 334 milhões
Bilheteria mundial: US$ 880 milhões
Bilheteria no Brasil: R$ 102.675 milhões
4 - Thor: Ragnarok: a terceira aventura do Deus do Trovão, na verdade, é uma comédia! Dirigido pelo neozelandês Taika Waititi, o longa amplia o bom humor na ‘cartilha Marvel de fazer cinema’ e deixa a seriedade um pouco de lado. Por incrível que pareça, o excesso de comicidade (que rendeu certa polêmica entre os fãs) se encaixa bem na trama na maioria das vezes, assim como a curiosa estética multicolorida inspirada na paleta de cores de Jack Kirby. De quebra, há uma boa participação de um Hulk falante e novas particularidades do poder de Thor e da mitologia que o cerca. A conexão com o tão aguardado "Vingadores - Guerra Infinita" se resume apenas em uma cena entre os créditos.
Orçamento: US$ 180 milhões
Bilheteria nos EUA: US$ 313 milhões
Bilheteria mundial: US$ 851 milhões
Bilheteria no Brasil: R$ 99.921 milhões
3 - Guardiões da Galáxia 2 (Guardians of the Galaxy Vol. 2): é tão bom quanto o original. O diretor e roteirista James Gunn, que também fez o "Volume 1", aumenta as inserções de humor, proporciona ainda mais grandiosidade na ação e proporciona mais plasticidade ao entregar um longa de visual deslumbrante e multicolorido. O filme diverte o público de maneira ininterrupta, seja nas cenas de ação ou em situações hilárias ou nas enxurradas de referências que pipocam de maneiras pontuais. A trilha sonora com hits oitentistas continua ótima como no original. Assim se faz um bom entretenimento, quando o trabalho técnico impecável se alia a um conteúdo de qualidade. Que venha logo a terceira parte!
Orçamento: US$ 200 milhões
Bilheteria nos EUA: US$ 389 milhões
Bilheteria mundial: US$ 863 milhões
Bilheteria no Brasil: R$ 67.204 milhões
2 - Logan: é o último longa de Hugh Jackman como Wolverine, um dos heróis mais cultuados das HQs da Marvel. Desde "X-Men" (2000), Jackman já interpretou o personagem por 9 vezes. Inspirado na minissérie de quadrinhos “Velho Logan”, o filme, com estrutura de road movie, dialoga com gênero faroeste e trás uma atmosfera desesperançosa para nos mostrar um Wolverine amargurado pelo passado. Seu objetivo é esconder e cuidar de o professor Xavier, que não tem mais o controle de seus poderes devido ao Alzheimer. A rotina de ambos muda quando surge uma garotinha com características similares as de Logan, o que força a todos a fugirem de um mercenário que a procura. "Logan", dirigido por James Mangold, tem ótimas atuações, há boas cenas de ação (muitas são sanguinolentas) e está repleto de simbolismos. Tudo isso com toques de um drama familiar de sentimentos genuínos.
Orçamento: US$ 97 milhões
Bilheteria nos EUA: US$ 226 milhões
Bilheteria mundial: US$ 616 milhões
Bilheteria no Brasil: R$ 91.214 milhões
1 - Mulher-Maravilha (Wonder Woman): é o ápice do 'girl power' no cinema, principalmente no subgênero dos super-heróis. Nunca, uma super heroína de HQs ganhou tanto destaque como "Mulher-Maravilha". O filme traz uma história de origem competente e surpreende com eficiência narrativa e muita beleza em cena proporcionada pela fotografia. A diretora Patty Jenkins não inova, mas faz um trabalho consistente e emblemático sobre a protagonista cuja essência remete a "Superman" (1978), dirigido por Richard Donner e protagonizado por Christopher Reeves. Ainda há sequências de ação empolgantes e boas tomadas em câmera lenta, todas ao som da arrepiante trilha sonora de Junkie XL. Apesar de terem vilões ruins e mal desenvolvidos, "Mulher-Maravilha" acerta mais do que erra e isso a faz figurar entre os melhores filmes de super-heróis já feitos.
Orçamento: US$ 149 milhões
Bilheteria nos EUA: US$ 412 milhões
Bilheteria mundial: US$ 821 milhões
Bilheteria no Brasil: R$ 109.689 milhões
9 - Os guardiões (Zashchitniki): é uma produção russa bizarra que reúne um grupo de super-humanos geneticamente modificados para combater ameaças sobrenaturais. A atmosfera de 'Guerra Fria' não convence, assim como as artificialidades das atuações e das ações (sugere boa ideia para as sequências, mas são mal executadas). A narrativa infantilizada e o uso excessivo de clichês do gênero fazem o filme beirar o ridículo. Se você não levar a sério, pode dar boas risadas de um urso, de uma mulher-invisível, de um ninja e de um senhor das pedras.
